Na contra mão do combate a sangria do erário rondoniense, que visa ter o enfrentamento do Poder Legislativo no freio e contrapeso das benesses que criam, atribuem, estabelecem e regulamentam as desconfigurações sociais por cada biênio presidencialista na Casa de Leis, os 11 deputados estudais reeleitos aprovaram a Resolução n° 520 na última sessão extraordinária do dia (17) deste mês.
Seus efeitos pecuniários serão depositados diretamente na folha de pagamento dos excelentíssimos parlamentares estaduais por mês, o parco auxílio-transporte, o vultoso auxílio interiorização e o abastado auxílio manutenção pessoal custarão milhões de reais por ano aos cofres do tesouro legislativo estadual, que todo cidadão paga em 30 dias.
Os 13 novos deputados estaduais que irão assumir no próximo dia (1) de fevereiro terão o valor do auxílio-transporte fixado em 50%, o auxílio interiorização em 20% e o auxílio manutenção pessoal em 25% do subsídio ou remuneração mensal do legislador estadual. O Salário mensal de um parlamentar está estimado em R$ 35 mil reais, a resolução garante 50% desse valor para auxílio transporte, ou seja, R$ 17,5 (Dezessete Mil e Quinhentos Reais) para usufruto no translado do legislador em suas atividades laborais. Mais R$ 7 mil reais, que são os 20% dos proventos relacionados ao auxílio interiorização e mais R$ 8 mil reais dos 25% do auxílio manutenção pessoal.
O valor total que as 24 personalidades vão angariar só com essa resolução, estão estimados em R$ 67.500,00 (Sessenta e Sete Mil e Quinhentos Reais) de caros penduricalhos mensais de uma única excelência.
Também ficou aprovado na sessão extraordinária de terça-feira (17) a Cota para as Atividades Parlamentares, que está em torno de R$ 32.700,00 (Trinta e Dois Mil e Setecentos Reais) por mês. Somando os caros penduricalhos e essa cota chegamos ao valor estimado em R$ 102.000,00 (Cento e Dois Mil Reais) no caixa mensal.
Indo mais além aos privilégios e benesses que engordam os vassalos da presidência, temos as funções deliberativas internas, tal como participar das dezenas de Comissões Parlamentares.
Isto é, se um deputado estadual integrar a presidência, a vice-presidência ou relatoria de uma Comissão Parlamentar, as excelências recebem de R$ 5 mil a R$ 7 mil para conduzir os trabalhos legislativos nas referidas comissões. Sobretudo, cada parlamentar pode participar de até três (3) comissões. Estimasse que com essas pontas financeiras, os deputados estaduais podem receber de R$ 15 mil à R$ 20 mil reais por mês, caso a excelência seja participante ativo das três comissões.
O Estado de Rondônia está mergulhado em um caos social, tribunal do crime imperando e os meros soldados das força de segurança doentes ou esquecidos pelas autoridades competentes.
Quem se prontificou em cuidar do Estado de Rondônia devem servir a sociedade enfrentando o desiquilíbrio social e não compartilhando do sangue de milhares de trabalhadores que ao menos tem um auxílio transporte para ir até o serviço e voltar para casa. Professores, policiais militares, bombeiros militares e policiais civis do Estado de Rondônia merecem respeito urgente. Para que isso aconteça, os novos parlamentares vão ter que propor uma alteração nessa resolução, com o objetivo de impedir o recebimento dos caros penduricalhos. Acabar com os privilégios nos poderes e ato cívico e não um combate utópico.
A contemporânea Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, pensa mais do que no alto salário de R$ 35 mil reais, o Presidente Alex Redano (Republicanos) conhecido como “AMIGÃO” já declarou apoio em transmissão ao vivo nas redes sociais do próprio poder aos atos antidemocráticos.
Em meio ao caos constitucional, Redano afirmou que iria fechar o comércio da família em simpatia aos terroristas que fecharam a BR-364 no perímetro do município de Ariquemes (RO), da onde é o seu curral eleitoral.
O deputado estadual Marcelo Cruz (PATRIOTA) que vai ser o atual presidente da Casa de Leis no biênio 2023/2024, foi acusado outrora de fazer cirurgia plástica na narina de alto custo com dinheiro público e o secretário Cirone Deiró (UNIÃO BRASIL), foi denunciado também por usar dinheiro público estimados em R$ 40 mil reais para arrumar os dentes.
E por ai se vão os recursos públicos do Poder Legislativo do Estado de Rondônia. O parlamento estadual com essas e outras atitudes que afrontam a população com extremos privilégios perdeu o sentido e a razão legítima de defender os interesses do povo.
Com essas investidas, a Assembleia Legislativa radicalizou na sua premissa original, que é execrar o desperdício com dinheiro público. A política pública que deve ser implantada na 11° legislatura da Casa de Leis de Rondônia, é reduzir os custos e minimizar as benesses dos representantes do povo.