Uma das principais lideranças políticas entre os policiais e bombeiros militares do estado de Rondônia, o presidente da ASSFAPOM, Jesuíno Boabaid, comentou sobre o possível aumento salarial dos profissionais da segurança pública e o que ele considerou como a atitude contraditória do deputado estadual Delegado Camargo (REPU) nessa questão.
De acordo com Boabaid, o deputado Camargo está prejudicando a categoria por conta de sua atitude contraditória dentro da ALE/RO no que diz respeito ao reajuste do ICMS, após não fazer nada para travar a votação na sessão em que ela foi aprovada, ele agora se posiciona contra qualquer reajuste no ICMS.
Após subir para 21% a alíquota do ICMS, o Governo de Rondônia já negocia reajustar esse valor para 19,5%, porém, Camargo já expressou publicamente que votará contra qualquer porcentagem proposta para aumentar o ICMS, e até tenta aprovar um projeto inconstitucional para tentar revogar a lei ora aprovada e sancionada.
Porém, o aumento considerável que o governo pretende aplicar aos policiais de Rondônia está diretamente ligado a esse reajuste do ICMS, que não afetará em nada itens como combustível, alimentação, energia elétrica, entre outros consumos básicos.
“O senhor está indo contra a sua categoria, como que o governador vai aumentar o salário da segurança pública de uma forma razoável se não tiver receita? O senhor não está pensando nos seus irmãos que estão aqui embaixo?”, disse Jesuíno Boabaid.
Jesuíno afirmou que seu posicionamento é por toda a categoria e que o ideal é um projeto que aumente o salário dos policiais militares, civis e bombeiros, que apenas ocorrerá com o aumento de arrecadação do governo, que vem encontrando dura oposição feita por Camargo, onde o próprio Tribunal de Contas do Estado de Rondônia no processo SEI: 007493/2023, já fez uma alerta ao Chefe da Casa Civil, ao Secretário de Finanças, à Secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão e os demais membros da Mesa de Negociação Permanente, sobre a imperatividade de não avançarem em negociações de reajustes salariais ou mudanças em Plano de Carreira, Cargos e Remuneração sem prévios estudos de impacto financeiro e orçamentário demonstrando a origem dos recursos para financiamento dos gastos, considerando a necessidade de aportes de recursos do tesouro para amortização do déficit atuarial e o crescimento vegetativo da folha.
“As polícias em um todo terão um nome dizendo que o Delegado Camargo foi o culpado por esse não aumento dado pelo governador de Rondônia, pare com isso, seja verdadeiro. A verdade, é que o senhor está acabando com a possibilidade de um reajuste salarial para os policiais”, finalizou Jesuíno Boabaid.